40 ANOS DE SOLIDARIEDADE E ESPERANÇA

E aqui estamos com a nossa primeira história!

Na primeira semana do mês de janeiro desse ano, registramos um momento especial.

O ex-paciente Thiago Uriel dos Santos Xavier, 16 anos de Planaltina, estado de Goiás foi diagnosticado com uma doença rara neurológica chamada Adrenoleucodistrofia. 

Na sequência foi encaminhado para realizar o tratamento no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba com indicação para realização de transplante de medula óssea.

Para esse procedimento é necessário a compatibilidade tecidual entre doador e receptor. Em percentuais deve ser de 100% ou 90%, considerado ideal pelos médicos especialistas, para que não ocorra rejeição ao paciente submetido ao transplante.

Alguns pacientes têm a sorte de contar com algum membro da família que é compatível o que facilita o processo e agiliza o tratamento.

Infelizmente não foi o caso do Thiago que enfrentou a espera e a procura por um doador compatível.

São muitas as histórias exibidas pela mídia de pacientes que esperam por doadores não só de medula óssea como de outros órgãos para ter a chance de um recomeço de vida.

O Sr. José Maria Xavier, pai do Thiago lembrou da agonia que sentiram. Acordava todos os dias e o primeiro pensamento que vinha em sua mente era se receberiam a tão esperada notícia de que encontraram um doador compatível. 

Mas a ‘solução’ ou a ‘benção’ como disse o pai do Thiago morava no mesmo país há uma distância de 2.146,2 quilômetros da cidade de origem, em Planaltina no estado de Goiás. Mais perto ainda de Curitiba onde faria o transplante: 741 quilômetros. Mora em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul.

Encontraram uma doadora compatível: Luisa Biasibetti, 25 anos que trabalha como babá na capital gaúcha.

A emoção e a expectativa não era só do Thiago para receber a medula. Luisa nos contou que tinha vontade de doar. A notícia foi o maior presente que recebeu em sua vida. Ela havia se cadastrado como doadora de medula óssea para ajudar uma prima, mas não deu certo, até que um dia entraram em contato para doar ao Thiago. Disse que chorou de emoção. Que sentiu uma alegria. Algo muito bom porque ia ajudar alguém a ter uma nova vida. Segundo a Luisa, é algo que não tem preço e nem como explicar de como a sensação é incrível.

Existem algumas regras nesse processo de que não pode existir contato entre o doador e receptor por 2 anos, por isso ambas as partes permaneceram anônimas.

Completados 4 anos, Luisa foi contatada para conhecer o Thiago! E claro, mais uma vez tudo conspirou a favor.

O período de férias de Luisa e sua família, estava chegando e o destino? Praia da Penha no litoral catarinense. Quase 3 horas de viagem para Curitiba. Pronto! Encontro marcado.

Presenciamos a hora que ela chegou com a sua família na Casa de Apoio da APACN. O Thiago já estava com o pai aguardando na sala de espera.

Ficamos de expectadores desse encontro que durou uma tarde. O primeiro momento foi de curiosidade. Se olharam muito, seguido de um abraço que parecia o maior e melhor do mundo. E foi. Todos sentiram que havia sentimentos de gratidão, de amor, de amizade e solidariedade. Mágico. Uma nova família acabava de se formar.

E para finalizar essa história marcante e de superação, que nos mostra o verdadeiro significado de DOAR-SE ao próximo, vamos conhecer os nossos personagens?

A doadora de medula óssea Luisa Biasibetti e o ex-paciente Thiago Uriel dos Santos Xavier.

Até a próxima! Nos encontramos aqui!

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